As Leves Ancas da Perdiz




















Autor: Bei Baldjine
Título: As Leves Ancas da Perdiz


As leves ancas da perdiz é uma obra composta por três contos. Selé, As Leves Ancas da Perdiz e A Filha do Régulo

O primeiro conto fala de uma jovem de nome Selé que andava a trair o marido com um jovem administrativo. Ela vivia com sua irmã mais nova e seu marido Sílvio, que era professor e dava áulas no Distrito. Inicialmente os encontros aconteciam fora de casa e longe dos olhos de todos. Com o andar do tempo, o administrativo começou a frequentar a casa e a cama da Selé. Como nenhum crime é perfeito, a vizinhança tomou nota e alertou ao Sílvio, marido de Selé.
Num belo dia, eis que o senhor professor simula uma viagem e no meio da madrugada volta pra casa e flagra os dois. O senhor administrativo foi salvo pela vizinhança, pois o marido de Selé queria fazer picadinho dele. E ela teve que voltar a casa da mãe, por sinal, grávida do amante que até negou assumir a criança.

O segundo fala de uma jovem donzela de nome Sara, que tinha umas ancas que muitos homens apreciavam. A mãe estava doente e na fase terminal. Os anciões da zona decidiram chamar um nhamussoro para curar a doença rara da velha. Só que o nhamussoro queria, como um dos pagamentos, saciar seus desejos sexuais com uma donzela e não se tratava de uma donzela qualquer, mas da filha da doente. A mãe da Sara, quando ouviu que iam levar a filha pra ir ter com nhamussoro, ela segurou na mão da filha e disse que não havia necessidade de tal sacrifício, que aquela seria sua última noite de vida. De facto, ela morreu nessa noite e o nhamussoro foi corrido por incompetência. Ele saiu de lá jurando vingança.
A Sara e seu grupo de dança foram participar num concurso de dança, que o prêmio seriam 320 cabeças de vaca que serviriam para aquele povoado. E o nhamussoro estava la como um dos membros de juri. Concurso renhido e a menina usou sua fé, sensualidade e o fascínio dos movimentos de suas ancas para ganhar o concurso, mas primeiramente o nhamussoro tinha convencido ao outros jurados que o grupo liderado por Sara não tinha dançando bem. Mas a população foi pra cima do jurado que acabou dando o prêmio ao grupo da donzela.
O terceiro conto fala de um jovem, casado, de nome Pedro, que sai em missão de serviço pra Magude. Chega lá começa a meter-se com as meninas da zona, mas depois dá-se mal porque se engraça pela filha do régulo, a Luísa, e engana-a dizendo que é solteiro e que vai casar com ela, se esta for a cama com ele.
A miúda cai nas lábias do Doutor e começa a frequentar sua cama.
Ela informa ao pai que tem um namorado doutor, que a quer labolar. O Pedro foge assim que termina o seu tempo de estadia em Magude. Desesperada, a Luísa vai informar ao pai que o namorado fugiu. Mas o pai assegura-a que ele vai voltar.
 Mas quando chega e Maputo, Pedro fica impotente. A esposa desesperada procura saber o que aconteceu em Magude. Depois de tantas voltas, ele confessa. Ela o obriga a voltar pra lá, para resolver o que deixou pendente.
Ao chegar a Magude ele encontra a família da Luísa já reunida e a espera dele. Eles o obrigam a casá-la e levá-la consigo. Só que, infelizmente, ele omite isso para a esposa. Volta a Maputo com a sua nova esposa mesmo contra sua vontade e aluga um hotel para ela ficar.
Convicto de ter resolvido o seu problema de impotência, lobolando Luísa, ele volta pra casa junto da família. Chegado lá, tenta transar com a esposa mas o problema prevalece.
O homem fica desolado sem saber o que fazer. A esposa mais uma vez exige saber o que aconteceu em Magude. Depois de tantas voltas ele acaba contando a verdade.
Paula, principal esposa de Pedro, arrumou suas coisas, levou seus dois filhos e rumou para casa de sua mãe.
Chegado lá, contou o que aconteceu a sua mãe e para sua avó, de repente surgiu uma luz no fundo do túnel. Eis que a avó contou-lhe o que devia fazer para ajudar o seu marido. Ela depois procurou por ele no hotel onde vivia com Luísa. Explicou o que devia fazer para livrar-se da maldição de impotência.
Aí, eles bolaram um plano para arrancar a pulseira que a filha do régulo trazia no pé, que servia pra prender o homem que estava com ela.
Só que, arrancar a pulseira, foi como espetar uma faca no coração da Luísa. Ela passou tão mal que tiveram que levá-la ao hospital.
Ela teve alta e o Pedro levou-lhe direto para a paragem de autocarros para que pudesse voltar para casa dos pais dela, já que a maldição já tinha sido quebrada.
Por fim, Pedro correu atrás do prejuízo.



MS

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