Código Da Vinci





















Autor: Dan Brown
Título: Código Da Vinci
Ano: 2003 

Tudo começa com o assassinato de Jacque Sauniere, assim como dos outros três elementos do Priorado de Sião.

Sauniere, para além de responsável pelo acervo de obras de arte do museu de louvre em Paris, também era o grão-mestre de uma sociedade secreta denominada Priorado de Sião, onde já fizera parte individualidades como Isaac Newton, Leonardo da Vinci e outros.

Sauniere, antes de morrer, deixara uma mensagem codificada para sua neta Sophia dizendo “ P.S. find Robert Langdon”

E por conta disso, Langdon é chamado para investigações em França.

Langdon era um professor de simbologia na universidade de Havard.

Sophia era criptóloga e neta de Jacque Sauniere. Ao aperceber-se da intenção da polícia em incriminar Robert, ela ajuda-o a fugir e os dois viram os principais suspeitos.

Robert e Sophia decidem investigar usando as pistas que o próprio Sauniere deixou, como é o caso de uma chave contendo o endereço do banco depositário de Zurique, na Suíça, onde foram achar no cofre algo que parecia uma caixa de joias de madeira contendo cinco discos de mármore nas quais estava escrito as letras do alfabeto, que deviam ser correctamente alinhadas para formar a palavra secreta, algo que Sophia fazia com muita frequência durante a sua infância.

Só que, com a perseguição da polícia, os dois acabam saindo do banco suíço as pressas e com ajuda do gerente o Sr. André Vernet, disfarçado de motorista. E por sinal, também estava interessado no objecto que os dois tinham achado no cofre, a famosa chave da abóbada.

Segundo a tradição do priorado, a chave da abóbada era um mapa que indicava a localização do santo graal. Para o priorado de sião o Santo Graal não é o cálice que Cristo utilizou na Última Ceia e que José de Arimateia usou para colocar o sangue de Cristo que jorrava após as perfurações da crucificação, mas sim os restos mortais de Maria Madalena que estavam secretamente escondidos pelo Priorado de Sião juntamente com os documentos Sangreal. Os integrantes do Priorado faziam adoração e culto ao sagrado feminino que era representado pelo cálice uma vez que a mulher tinha a dádiva de gerar a vida, eis a razão da sua santidade.


Enquanto isso, a meio do caminho o senhor Vernet vira-se contra Robert e Sophia querendo apropriar-se da chave. Só que eles conseguem dar a volta por cima deixando-o a meio do caminho. E correm para buscar ajuda  num velho amigo de faculdade de Robert, o historiador Leigh Teabing.

Teabing era o mais interessado na história do priorado e na chave da abóbada. Ele dedicou quase toda sua carreira de historiador na busca do graal. Ele predispôs-se a ajudá-los, mas que na verdade queria apropriar-se também, assim como muitos outros.

Teabing conta para Sophia sobre a história de Jesus Cristo e do Santo Graal. E para entender a história do graal era preciso entender sobre a verdadeira história da Bíblia.

Segundo ele, a Bíblia não foi enviada do céu por fax, ela  é um produto do homem e  não de Deus. O homem criou-a como um registo histórico de tempos tumultuosos, e tem evoluído aolongo de inúmeras traduções, adições e revisões. A história nunca conheceu uma versão definitiva do livro.

Foram considerados mais de oitenta evangelhos para o Novo Testamento, e no entanto apenas uns poucos acabaram por ser escolhidos... dentre eles os de Mateus, Marcos, Lucas e João

A Bíblia, tal como hoje a conhecemos, foi coligida por um pagão, o imperador romano Constantino, o Grande.

Constantino foi pagão durante toda a vida, batizado no leito de morte.

No tempo de Constantino, a religião oficial de Roma era o culto do Sol... o culto do Sol Invictus, de que Constantino era o sumo sacerdote. Infelizmente para ele, um crescente turbilhão

religioso estava a apoderar-se de Roma. Três séculos depois da crucifixão de Jesus Cristo, os seus seguidores tinham-se multiplicado exponencialmente. Cristãos e pagãos começaram a guerrear-se, e o conflito atingiu proporções tais que ameaçava dividir Roma em duas.

Constantino em 325 d.C. resolveu unificar o império sob uma única religião: o cristianismo.

Ele era um excelente homem de negócios. Percebeu que o cristianismo estava em ascensão, e limitou-se a apostar no cavalo vencedor.

 Converteu os adoradores do Sol pagãos ao cristianismo. Fundindo símbolos, datas e rituais pagãos com a crescente tradição cristã, criou uma espécie de religião híbrida que era aceitável para ambas as partes.

E praticamente todos os elementos do ritual católico... a mitra, o altar, a doxologia e a comunhão, o ato de «comer Deus»... foram diretamente tirados de religiões pagãs anteriores


 No cristianismo, nada é original. O deus pré-cristão Mitra...chamado Filho do Sol e Luz do Mundo... nasceu a vinte e cinco de Dezembro, morreu, foi sepultado num túmulo de rocha e ressuscitoutrês dias mais tarde. A propósito, 25 de Dezembro é também o dia de aniversário de Osíris, de Adônis e de Dionísio. O recém-nascido Krishna foi presenteado com ouro, incenso e mirra. Até o dia santo semanal do cristianismo foi roubado aos pagãos.

 Originariamente, o cristianismo honrava o Sabat judeu, ao sábado, mas Constantino mudou o

de modo a coincidir com o dia da veneração do Sol dos pagãos.

 Ainda hoje, a maior parte das pessoas que vão à missa, domingo de manhã não sabe que está ali por causa do tributo semanal dos pagãos ao deus-Sol.

 Durante esta fusão de religiões, Constantino, que precisava da força da nova tradição cristã, convocou a famosa reunião ecumênica conhecida como Concílio de Niceia.

Nessa reunião foram discutidos e votados muitos aspectos do cristianismo: a data da Páscoa, o papel dos bispos, a administração dos sacramentos e, claro, a divindade de Jesus.

Até àquele momento da História, Jesus tinha sido visto pelos seus seguidores como um profeta

mortal... um grande homem, e poderoso, mas apesar de tudo um homem. Um mortal.

O estabelecimento de Jesus como «Filho de Deus» foi oficialmente proposto e votado no Concílio de Niceia.

Uma vez que Constantino «promoveu» Cristo a divindade quase quatro séculos depois de ele ter morrido, havia já milhares de documentos que relatavam a sua vida como um homem mortal. Constantino sabia que, para reescrever os livros de História, precisava de um golpe de ousadia. Foi daqui que nasceu o momento mais profundo da história do Cristianismo..Constantino encomendou e financiou uma nova Bíblia, que omitia os evangelhos que falavam das características humanas de Cristo e dava destaque aos que faziam dele um Deus. Os evangelhos mais antigos foram banidos,arrebanhados e queimados.

Vaticano fez tudo o que pôde para evitar a divulgação desses textos. E porque não o faria?

Os manuscritos denunciam gritantes discrepâncias e mentiras históricas, demonstrando claramente que a Bíblia moderna foi compilada por indivíduos que tinham um objetivo político: promover adivindade do homem Jesus Cristo e usar a influência dele para reforçar a sua própria base de poder.
Depois dessa aula de sapiência Teabing decide usar o seu poder financeiro para tirar Robert e Sophia de Paris para Inglaterra num jatinho particular.

Chegados a Inglaterra, Teabing com ajuda do seu mordomo tentam se apropriar da chave da abóbada, felizmente Robert já tinha decifrado e tirado o papiro do criptograma. E o mapa que Sophia e Langdon tinham decifrado leváva-lhes a uma cripta na capela de Rosslyn na Escócia.

Ao chegar a Escócia,  Sophie encontrou sua avó e seu irmão mais novo que ela pensava que estavam mortos depois de um misterioso acidente de automóvel. Sua avó lhe explicou a verdade dos fatos dizendo que todos iriam àquela viagem, mas só foram sua mãe e seu pai. Também disse que o acidente foi uma intimidação da Igreja, visto que a família de Sophie pertencia a Dinastia Merovíngia, ou seja, a descendência de Jesus Cristo. Sophie sentiu muito remorso por ter passado dez anos sem falar com seu avô após vê-lo em um ritual sagrado fazendo sexo com outra mulher. Por isso que Saunière escreveu o nome de Langdon no piso do Louvre antes de morrer para que ele pudesse descobrir e explicar a verdade à Sophie. Langdon disse a ela que o ritual chamado de Hieros Gamos fazia parte da ideologia do Priorado.
Ainda sobre os perseguidores do graal, estes queriam que os documentos fossem divulgados para que a humanidade soubesse da verdadeira história de Cristo e de Maria Madalena

         Leonardo da Vinci em várias obras de sua autoria ocultou detalhes que se referiam ao sagrado feminino, como a obra da Última Ceia que no lugar do discípulo João seria Maria Madalena ao lado direito de Jesus. Seu corpo inclinado para o lado direito forma com o de Jesus o formato da letra M que simbolicamente sugere Matrimônio.
 Outro perseguidor do graal é o  Bispo Aringarosa, que fazia parte do Opus Dei, uma prelazia do Vaticano que estava sendo motivo de controvérsias e acusada de práticas perigosas como lavagem cerebral e mortificação corporal, e de Silas, um albino que matou o pai quando criança, já que ele o desprezava por causa da sua doença, e que foi preso por roubo, mas logo depois fugiu da cadeia graças a um terremoto. Silas foi encontrado ferido por Aringarosa que logo tratou de ajudá-lo e passou e mostrou-lhe o caminho de Deus. Para impedir a separação do Opus Dei do Vaticano Aringarosa aceitou a ajuda de Teabing que se identificou como “Mestre” e que dizia saber de um segredo que faria o Vaticano e toda a Igreja Católica curvar-se aos pés de Aringarosa. Silas ficou encarregado de descobrir a pedra chave do Priorado. Foi Silas quem matou os guardiões da fraternidade incluindo o Grão-mestre Jacques Saunière.

E por fim, depois do encontro entre Sophia com sua família, Robert despede-se e a avó da Sophia assegura-o que o santo graal não se encontra naquela cripta, mas sim sob a pirâmide do museu louvre em Paris, exactamente como vem na mensagem de Sauniere.


Nota do Leitor

Assim como em muitas outras obras de Dan Brown, nesta obra temos uma busca, verdadeiras aulas de teologia, um desvendar de verdades ocultas. Partindo de principio que  toda e qualquer narrativa baseia-se na realidade, há uma necessidade de questionarmos as fontes e a fidelidade de tudo o que lemos e das histórias que nos são contadas.

Falando concretamente da bíblia, eu acho que o mais importante é acreditar num poder que está acima de todas as coisas e não no que os outros dizem.

Há quem diga que um cristão instruído conhece a história da sua fé. Eis a oportunidade de refletirmos sobre as nossas crenças.

   

 MS




Comentários

  1. Ya, essas histórias nos confundem....

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  2. Esta obra parece resultado de um estudo de muitos anos, há uma mistura tão homogênea entre realidade e ficção que fica difícil saber o que é o quê! Mas é sem dúvida uma grande obra.

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