A Legítima Dor da Dona Sebastião






















Autor: Lucílio Manjate
Obra: A Legítima Dor da Dona Sebastião
Ano: 2013


É uma obra escrita por escritor moçambicano Lucílio Manjate. Foi publicada pela Alcance Editores em 2013; no Instituto Camões. A imagem na capa ilustra o local em que maior parte da história se desenrola. A fotografia foi feita por Sérgio Manjate, e o espaço/local é referente às famosas barracas do Museu (local muito bem concebido por alguns jovens consumidores aqui presentes). Portanto, nessa obra, Dona Sebastião é dona de uma das barracas.
“A legítima dor da Dona Sebastião” é o título da obra (como todos sabemos e podemos ver bem destacado na obra). Antes de ler, surgem-me algumas perguntas para que a leitura se tornasse interessante, tais como: Porquê legítima dor da Dona Sebastião? Trata-se de que tipo de dor? (dor por amor? Dor física? Porque é que essa dor é legítima? Na verdade, essas são algumas das várias perguntas que podem surgir antes de ler a obra, e, também, podem guiar durante a leitura da obra.
A obra está dividida em 13 capítulos e tem cerca de 67 páginas. Na obra, Dona Sebastião é a figura principal. 
Durante a leitura, fui percebendo que a Dona Sebastião é professora reformada do ensino primário, e é, também, conhecedora de passados fortes (tristes), de alguns personagens da obra. Depois de sair da educação, não se sabe por que motivo, mas Sebastião opta por trabalhar na barraca (no Museu), e a barraca da dona Sebastião tinha forte presença às sextas-feiras de seus quatro (4) fiéis clientes: Sr. Malfácio, Sr. Malingua e o Sr. Manguana. Porventura, Dona Sebastião foi professora desses quatro (4) jovens/senhores no ensino primário, mas esses já não lembravam disso. Até que dona Sebastião recordou-lhes um dia.
Mas, na verdade, a obra começa com a estranha morte da Dona Sebastião na própria barraca (toda morte é estranha), mas essa morte é mais estranha ainda (e não imaginam o porquê), mas podem saber lendo a obra. A morte da Dona Sebastião foi descoberta por António, o varredor das barracas, que inicialmente pensava que dona Sebastião dormia no chão, e pela vizinha da barraca ao lado.
Depois dessa estranha morte seguiu-se a fase da investigação, em que a polícia através do agente Sthoe procurava descobrir o real motivo e o responsável pela morte da Dona Sebastião. O Agente Sthoe intimou todos os que tinham contacto com a barraca, recolheu depoimentos de todos desde o varredor das barracas até aos chefes que ali frequentavam. Alguns começam a pensar que um e outro teria motivo forte para matar a Sebastião do que os outros. É o caso do Malfácio quando foi interrogado levantou uma possibilidade de Amade poder ter fortes motivos. Visto que Sebastião certo dia contou o passado de quatro (4) senhores e na verdade são passados pouco animadores.
Na verdade a resposta de quem terá assassinado a Sebastião não aparecia…Mas quem será? O varredor das barracas? Terá sido um dos quatro (4) clientes fiéis que Sebastião considerava filhos? As empregadas? Ou uma outra pessoa? E qual terá sido o motivo?
Eu sei quais são as respostas, e espero que também encontrem mais respostas durante a leitura. Mas que é insólito o caso, isso vos garanto (meu Deus). E em parte, a obra vem mostrar que por vezes quando acontece algo mau, nem sequer desconfiamos do verdadeiro culpado.


 Onélio Tembe

Comentários

  1. Olá Onélio!
    Gostei da sinopse, sobretudo da forma como fazes a apresentação da obra. Muito interessante!
    Feliz ou infelizmente, sou obrigada a ler a obra para poder discutir um pouco mais, já que fazes questão que a gente leia só para saber quem terá tirado vida de Dona Sebastião.
    Gostava de saber a tua opinião sobre a obra. Alguma crítica, observação e/ou elogios.

    Meus cumprimentos

    MS

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  2. Olá Marta
    Obrigado pelo seu comentário, na verdade foi uma viagem bem interessante a leitura dessa obra.
    Espero já teres descoberto o insólito do crime.
    E dizer que gostei bastante de ler a obra, sobretudo pelo tipo de história que é narrada na obra, tem a ver com crime, investigação, e são áreas que me fascinam. O autor teve uma boa imaginação, e pra quem lê a obra ganha uma curiosidade, vontade de continuar a ler, facto esse que é muito importante para incutir o gosto pela leitura, tendo em conta que a nossa realidade ainda mostra um fraco índice de leitores.
    Relativamente à uma possível crítica, neste momento não poderei avançar, mas quem sabe brevemente.

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