Mundo Grave
Autor: Pedro Pereira Lopes
Título: Mundo Grave
Título: Mundo Grave
Ano: 2018
Um agente destacado da polícia pôs-se a
investigar, a mando do seu superior hierárquico, uma enigmática morte duma
prostituta. Um incidente que decorreu no habitual local do trabalho da mulher.
Por tratar-se de uma morte incomum, uma
vez que a vítima encontrava-se tão serena e confortável por não mais
viver, atiçou dúvidas por parte do investigador, juntamente com o narrador em
dar significado aquele insólito.
Uma narrativa fascinante e abismal, não só
por tratar-se de um romance policial, mas também com a dualidade em que o
narrador é colocado relativamente a capacidade de discernimento; ora
omnisciente, ora não omnisciente. Ou por outras, era uma narrativa que estava a
ser narrada por alguém que também estava a narrá-la. Não só, como também as transgressões das
regras da escrita. Embora os factos tenham sido traduzidos em letras pequenas
(minúsculas), o narrador faz-nos vivenciar momentos épicos, relativamente a
dócil vingança do amante (Azevedo Marroquim) da prostituta (Shonga), que por
sinal, era interessante como a justiça era executada por parte do amante, não
se percebendo se o que o movia era o seu desejo de querer honrar o nome da sua
amada, ou se uma força exterior (amazimus) que intercedia no seu desejo. Esse
mundo era tão grave que até Deus não saberia prever o que sucederia.
Embarcar neste mundo com “mundo grave” foi
uma experiência apaixonante e elucidativa no que se refere as nossas raízes
como Africanos.
Comentários
Enviar um comentário